Crônicas de um genocídio pós Auschwitz
para debater em sala de aula

Colonialismo, crítica social, direitos humanos, educação crítica, Elie Wiesel, ensino de filosofia, ensino de história, genocídio, Ghassan Kanafani, Hannah Arendt, holocausto, Israel, Kotter Editorial, literatura contemporânea, Palestina, Paulo Freire, pedagogia da memória, política internacional, resistência, Sionismo, Theodor Adorno

Sinopse

Entrei na sala de aula e, logo, um aluno perguntou: “Professor, o senhor está sabendo que os repórteres e médicos que estão trabalhando na faixa de Gaza estão subnutridos e que podem morrer de inanição como muitos palestinos?”.

Disse que sabia e ainda comentei:

“No dia 22 de julho de 2025, uma notícia no OPERA MUNDI soava como um apelo: ‘Nossos últimos repórteres em Gaza vão morrer de fome’. Afirmava a agência France-Presse (AFP). A agência pedia a evacuação imediata dos seus repórteres que trabalham na faixa de Gaza. O risco de perder profissionais no exercício da profissão é real em áreas de guerra, porém esse risco aumenta quando o país que pratica crimes de guerra e genocídio deseja esconder provas para, futuramente, através de influenciadores digitais, criar outra versão dos massacres e crueldades praticadas por suas forças armadas. E me parece que é isso que o Estado de Israel está querendo fazer”.

Um outro aluno ainda perguntou:

“Será que esse genocídio vai cair no vestibular?”.

Confesso que fiquei alguns minutos imaginando se há realmente uma preocupação com os crimes de guerra e o genocídio colocado em prática por Israel, ou se tudo não passará, nessas terras, de uma mera questão de vestibular e material para TCCs e dissertações. Também pensei em Hannah Arendt, que disse que todo genocídio começa quando as pessoas se recusam a exercer o pensamento crítico.

Metadado adicionado por Kotter Editorial em 19/11/2025

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