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Uma História das Leishmanioses no Novo Mundo [Avanços e Desafios do Tempo Presente]



Achintya Kumar Dutta; Amazônia; Brasil; Calazar; Carlos Costa; Carlos Henrique Assunção Paiva; Cideim; Cláudio de Oliveira Peixoto; Conjuntura política; Disseminação; Diversidade genética; Doença de Chagas; Doenças parasitárias; Dorcas Costa; Endemia; Epidemias; Espécies; Eunice Aparecida Bianchi Galati; Fernando Tobias Silveira; Flebotomíneos; Fundação Oswaldo Cruz; Giovanni Baruffa; Gustavo Romero; História das Ciências; Hospedeiro humano; Iván Darío; Jaime L. Benchimol; Jean-Antoine Rioux;


Sinopse

As leishmanioses têm refletido, ao longo da história, as transformações sociais, científicas e ambientais do continente americano. Nos anos 1960, uma virada epistemológica colocou no centro das atenções as zoonoses. Várias equipes passaram a aplicar técnicas e conhecimentos de diversas áreas do saber ao estudo dos complexos ciclos das Leishmania em zonas rurais e em ambientes silvestres bastante afetados por projetos de real ou suposto “desenvolvimento” que impactavam fortemente os ecossistemas de várias regiões do Novo e do Velho Mundo.

Neste terceiro volume de Uma história das leishmanioses no Novo Mundo: avanços e desafios do tempo presente, historiadores e cientistas analisam os trabalhos produzidos nas principais instituições de pesquisas do Brasil e de outros países sobre as leishmanioses, esse conjunto tão complexo de doenças negligenciadas que vêm se urbanizando em ritmo acelerado. A história que contam é urdida com vários fios bem entrelaçados: transformações socioambientais, mudanças climáticas, processos econômicos, sociais e políticos, pesquisa biomédica, políticas de saúde pública na América Latina e em outras regiões do planeta. Uma narrativa fluida e envolvente leva o leitor a compreender como a ciência e a sociedade enfrentaram e continuam a enfrentar um dos mais persistentes desafios à saúde global.

Metadado adicionado por Mauad Editora em 11/11/2025

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Metadados adicionados: 11/11/2025
Última alteração: 11/11/2025

Autores e Biografia

Dutta, Achintya Kumar (Autor) , Paiva, Carlos Henrique Assunção (Autor) , Peixoto, Cláudio de Oliveira (Autor) , Benchimol, Jaime Larry (Autor) , Eslava-Castañeda, Juan Carlos (Autor) , Posada-López, Laura Cristina (Autor) , Souza, Luís Octavio Gomes de (Autor) , Cortes., Sofia Júdice da Costa (Autor) , Benchimol, Jaime Larry (Organizador) - Graduado em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Jaime Larry Benchimol concluiu o mestrado em Planejamento Urbano e Regional na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em seguida, fez especialização em restauração de monumentos e centros históricos na Itália, e em 1996 concluiu o doutorado em sua alma mater. Do mestrado resultou Pereira Passos: um Haussmann tropical. A renovação urbana do Rio de Janeiro no início do século XX, e do doutorado: Dos micróbios aos mosquitos: febre amarela e a revolução pasteuriana no Brasil. História das Ciências da vida e da saúde pública passaram a ser suas linhas de investigação após o ingresso na Casa de Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz, como pesquisador e professor do Programa de Pós-graduação em História das Ciências e da Saúde. Em 2015, começou a estudar as leishmanioses e, com ex-alunos, publicou Uma história das leishmanioses no Novo Mundo: fins do século XIX aos anos 1960 (2020), e Uma história das leishmanioses no Novo Mundo: anos 1960 ao século XXI (2022). O terceiro volume da série, ora publicado pela Mauad X, mais polifônico, mantém estreitas ligações com dois outros títulos que estão em preparação.; Brandão Filho, Sinval Pinto (Prefácio)

Sumário

Prefácio – Sinval Pinto Brandão Filho – 11-12

Apresentação – Jaime L. Benchimol, Cláudio de Oliveira Peixoto –13-40

Lista de tabelas, figuras, gráficos e fotografias – 41-55

Capítulo 1

Leishmaniose visceral dos anos 1960 aos 1980: desafios epidemiológicos e científicos – 57-114
Jaime L. Benchimol

Lainson e colaboradores reencontram a leishmaniose visceral no Pará – 57
Conexão São Paulo – Venezuela nos estudos sobre a leishmaniose visceral – 67
Um detour pela leishmaniose tegumentar – 81
A equipe da Universidade de Carabobo, a leishmaniose visceral e um giro pela América Central – 86
De volta ao Pará: Leishmania chagasi rediviva – 94
Um médico na equipe de Lainson e Shaw: Fernando Tobias Silveira – 111

Capítulo 2

Epidemias de calazar na Amazônia brasileira: Pará e Roraima – 115-246
Jaime L. Benchimol

Santarém: história a voo de pássaro – 115
Sociedade e saúde em Santarém dos anos 1950 aos 1980 – 123
Imigração, urbanização e periferização – 132
Conjuntura política – 138
A Sucam e a campanha contra o calazar – 143
Uma jovem dermatologista carioca à frente da campanha – 145
Resistência popular à matança de cães – 154
Novos atores na campanha – 161
O calazar se endemiza e espalha em Santarém – 171
Movimentos sociais na campanha contra o calazar – 175
Leishmanioses na esfera das zoonoses – 183
Leishmaniose visceral, doença endemoepidêmica no Pará – 190
Amazonas: área silenciosa para a leishmaniose visceral – 198
A leishmaniose tegumentar em Santarém – 200
Estudos entomológicos e parasitológicos sobre a LTA no Baixo Amazonas – 211
Leishmaniose visceral em Roraima – 224
Anexo – 242

Capítulo 3

Do Norte para o Nordeste do Brasil e além: novos problemas com o calazar nas zonas rurais e urbanas 247-362
Jaime L. Benchimol

Maranhão e Ceará – 247
Panorama das leishmanioses no Brasil nos anos 1980 e 1990 – 256
Padrões nas leishmanioses quanto a gênero, idade e ciclos – 262
Urbanização da leishmaniose visceral e da população brasileira – 264
Leishmaniose visceral urbana: o caso do Piauí – 270
Epidemias no estado e na capital do Piauí – 275
Distribuição do calazar no espaço urbano de Teresina – 284
Desnutridos, assintomáticos e novas hipóteses de pesquisa – 289
O hospedeiro humano em questão – 292
A tese de doutoramento de Carlos Costa: do macro ao micro – 294
A leishmaniose tegumentar no Piauí: uma problemática tardia – 304
A trajetória de Carlos Costa na Universidade de Brasília – 317
O Núcleo de Medicina Tropical e Nutrição da UnB e sua ligação com a Bahia – 321
Doença de Chagas na Bahia e seus desdobramentos institucionais – 326
Da Bahia a Brasília e da doença de Chagas às leishmanioses – 332
Projeto Mambaí em Goiás, desdobramento do São Felipe na Bahia – 340
Mudança de Carlos e Dorcas Costa para o Piauí e para o problema do calazar – 350

Capítulo 4

Hospedeiros e vetores na leishmaniose visceral: estudos, controvérsias e controle – 363-480
Jaime L. Benchimol

A questão dos cães no calazar: breves pinceladas históricas – 363
A controvérsia sobre os cães – 367
Especialistas são chamados a opinar sobre o programa de controle –383
China: uma referência constante – 388
Testes sorológicos falhos – 391
Alvos prioritários – 392
Reações à proposta de mudança na estratégia de controle – 393
O vetor, problema também mais complexo do que parecia – 395
Um parêntese: Rodrigo Zeledón Araya e as redes norte-americanas em medicina tropical – 402
Leishmanioses visceral e cutânea: fronteiras agora difusas – 404
Outras vias de transmissão do calazar além de Lu. longipalpis – 406
Novos usos para os inseticidas: mosquiteiros e coleiras – 410
A eliminação dos cães sob a ótica de novas abordagens estatísticas e epidemiológicas – 418
O calazar em zonas rurais de Minas Gerais e em sua capital, Belo Horizonte – 420
Primeiro tempo – 420
Segundo tempo – 427
Novas investigações epidemiológicas sobre o calazar em Teresina – 436
Novos estudos de intervenção – 438
Um diagnóstico dos impasses no controle da leishmaniose visceral – 441
Gustavo Romero e os ensaios clínicos nas leishmanioses – 444
Leishmaniose visceral endêmica no Distrito Federal – 457
2010: o estado da arte na leishmaniose visceral na ótica de Romero e Boelaert – 461
Desdobramentos políticos da revisão de Romero e Boelaert – 476

Capítulo 5
Leishmanioses no Centro-Oeste do Brasil: Goiás e Mato Grosso – 481-567
Luís Octavio Gomes de Souza & Jaime L. Benchimol

Giovanni Baruffa: elo entre Itália, África e Brasil – 484
Evolução da leishmaniose visceral em Mato Grosso – 501
A primeira epidemia – 501
Primeiro balanço epidemiológico: 1998-2005 – 503
Segundo balanço epidemiológico: 2006-2022 – 509
Calazar em Rondonópolis e o gasoduto Lateral Cuiabá – 514
A leishmaniose tegumentar em Mato Grosso – 519
Aos pés da Serra do Roncador: uma nova espécie de Leishmania? – 520
Leishmaniose tegumentar e Leishmania braziliensis em Mato Grosso – 525
A ocupação de Mato Grosso e a colonização do norte do estado – 528
O Programa de Integração Nacional e a Rodovia Cuiabá–Santarém (BR-163) – 532
Os núcleos de colonização e as novas cidades – 533
Expansão da leishmaniose tegumentar – 536
Os estudos entomológicos em Mato Grosso – 543
Lutzomyia whitmani – 550
Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi – 552
Leishmanioses e flebotomíneos em aldeias indígenas de Mato Grosso – 556
Um novo inquérito entomológico – 559

Capítulo 6

Leishmanioses no Centro-Oeste do Brasil: Mato Grosso do Sul – 569-641
Luís Octavio Gomes de Souza & Jaime L. Benchimol

Colonização e povoamento do sul de Mato Grosso – 569
A questão dos limites e a guerra com o Paraguai – 571
Expansão da pecuária e reinado do mate – 572
O início do movimento separatista – 573
A Marcha para o Oeste – 574
O estado de Mato Grosso do Sul – 577
A leishmaniose visceral – 577
A expansão do calazar – 582
Epidemia em Campo Grande – 584
Leishmaniose visceral em Três Lagoas – 587
Rotas de disseminação – 594
O Gasoduto Bolívia–Brasil e os conflitos que o antecederam – 595
Os tratados de 1938 e os Acordos de Roboré – 596
A Bolívia reaproxima-se do Brasil – 598
A construção do gasoduto – 598
A nacionalização do setor de hidrocarbonetos na Bolívia – 600
O Gasbol e a dispersão de populações de Leishmania para São Paulo e para o Sul – 601
A caminho do norte e do sul do estado de Mato Grosso do Sul – 609
O cenário atual – 610
Leishmaniose Tegumentar Americana em Mato Grosso do Sul – 613
No rastro das leishmânias – 613
A evolução da LTA nos anos 1990 – 615
A doença no século XXI – 616
Um novo vetor para a leishmaniose visceral– 621
Baralhando as fronteiras entre leishmaniose visceral e tegumentar – 624
Lutzomyia longipalpis – 630
Os vetores da Leishmaniose Tegumentar Americana – 632
Localidades-tipo – 634
Distribuição de espécies e vetores – 634
Anexos – 637

Capítulo 7

Eunice Aparecida Bianchi Galati e o abalo na taxonomia e história dos flebotomíneos das Américas – 643-663
Laura Cristina Posada-López

Os primeiros passos na entomologia médica – 643
A proposta taxonômica de Eunice Galati – 650
Estudos em cavernas – 653
Trabalhos colaborativos e o surgimento do Cipa – 654
Estudo da leishmaniose e seus vetores em São Paulo – 655
Estudos sobre a ecologia dos flebotomíneos – 658
Contribuições nos estudos sobre flebotomíneos – 659
Impacto do trabalho de Eunice Galati nos estudos atuais sobre flebotomíneos – 660

Capítulo 8

Uma ecologia global das leishmanioses: a ecoepidemiologia francesa na obra de Jean-Antoine Rioux – 665-734
Cláudio de Oliveira Peixoto

Jean-Antoine Rioux, um parasitologista multidisciplinar – 666
Ecologia e epidemiologia unidas no mesmo método – 674
A “malária instável” e o desafio de controlar os mosquitos no sul da França – 682
O EID Méditerranée — acordo interdepartamental para o controle do mosquito da costa do Mediterrâneo – 683
Parasitologia francesa: do laboratório aos estudos de campo – 685
Rioux, Petter, Yves-Jean Golvan e a pesquisa sobre a peste no Irã – 689
Robert Killick-Kendrick: conexões franco-britânicas no estudo das leishmanioses – 691
Ecoepidemiologia da leishmaniose na região do Mediterrâneo francês – 696
Vetores e hospedeiros-reservatórios selváticos de Leishmania no sul da França – 700
Flebotomíneos na transmissão da leishmaniose no sul da França e o carrapato, provável vetor – 704
Leishmanioses no Marrocos – 715
Pesquisas sobre a esquistossomose em Guadalupe (Antilhas) e sobre a leishmaniose no Caribe – 719
Leishmaniose em Cacao, na Guiana Francesa – 727
Considerações finais – 733

Capítulo 9

Uma reflexão comparativa sobre as reformas sanitárias no Brasil e na Colômbia – 735-745
Carlos Henrique Assunção Paiva & Juan Carlos Eslava-Castañeda

A Reforma Sanitária brasileira e o SUS – 736
A reforma sanitária na Colômbia e a criação do SGSS – 740
Reflexão final – 743

Capítulo 10

Leishmanioses e ecoepidemiologia na Colômbia – 747-805
Cláudio de Oliveira Peixoto

Iván Darío, um médico-cientista em formação – 748
Enfrentando a malária em Urabá – 751
Colômbia: aspectos políticos, econômicos e sociais e conflitos armados – 754
Criação do Programa Nacional de Leishmanioses – 759
Rioux na Colômbia, Iván Darío na França – 766
Uma estratégia para o estudo das leishmanioses na Colômbia – 768
O International Center for Medical Research and Training – ICMRT – 773
Serviço de Leishmanioses e Cideim: breve aliança e novo vetor de leishmaniose visceral – 791
Doença de Chagas, leishmanioses e suas conexões – 798
Considerações finais – 802

Capítulo 11

O combate ao calazar: a experiência da Índia (1947-2015) – 807-821
Achintya Kumar Dutta

A situação do calazar e sua contenção – 808
Por que o calazar não foi ainda eliminado? – 815
Conclusão – 821

Capítulo 12

Uma biografia das leishmanioses em Portugal e o contributo do Instituto de Higiene e Medicina Tropical – 823-842
Sofia Júdice da Costa Cortes

O início do kala-azar em Portugal – 824
Kala-azar em Portugal na segunda metade do século XX – 826
A leishmaniose cutânea em Portugal: uma doença rara? – 828
Do diagnóstico clínico ao diagnóstico laboratorial – 829
A tipagem izoenzimática como ferramenta de identificação e diferenciação de Leishmania sp. – 831
O advento da biologia molecular e o seu contributo para o conhecimento da diversidade genética de Leishmania em Portugal – 832
O papel dos reservatórios animais no kala-azar em Portugal – 834
O cão como reservatório doméstico – 834
Outros reservatórios – 837
O conhecimento dos vetores de Leishmania em Portugal – 838
Observatórios para as leishmanioses – 840
Considerações finais – 842

Referências bibliográficas e documentais – 843-993

Notas biográficas das autoras e autores – 995-996



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