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Livro Impresso

Njeddo Dewal, mãe da calamidade



Literatura francófona, Cosmologia fula, Literatura oral africana, Conto iniciático, Fernanda Murad Machado, Amadou Hampâté Bâ, Literatura Africana, Mitologia Africana, Tradução Oral, Herança Cultural, Narrativa Mítica, Narrativa oral


Sinopse

Njeddo Dewal, mãe da calamidade (1993) é um dos mais importantes contos iniciáticos do povo fula, difundido em diversas regiões da África Ocidental. De caráter simbólico e alegórico, a narrativa combina fantasia, ética, filosofia e religião, sendo tradicionalmente usada como veículo de transmissão de conhecimento. O texto foi coletado e traduzido por Hampâté Bâ, que o transformou em livro sem abrir mão do espírito performático da oralidade: repetições, fórmulas de abertura, cantigas, diálogos e onomatopeias recriam na página o ambiente da contação de histórias. Esta edição reúne uma introdução e um capítulo dedicado à genealogia mítica do conto, além de notas e comentários voltados à simbologia da cultura fula, todos redigidos pelo próprio autor — mas sem deixar de preservar as zonas de mistério que uma leitura iniciática exige.

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Última alteração: 04/12/2025

Autores e Biografia

Bâ, Amadou Hampâté (Autor) - Amadou Hampâté Bâ (Bandiagara, 1901–Abidjan, 1991) nasceu no Sudão Francês, atual Mali. Escritor, historiador, etnólogo, poeta e contador de histórias, foi um dos maiores especialistas da cultura fula e um dos primeiros intelectuais africanos a coletar, transcrever e explicar os tesouros da literatura oral tradicional da África Ocidental. Com a independência do Mali, em 1960, integrou os quadros da unesco, primeiro como delegado de seu país, depois como membro do Conselho Executivo. Ganhou projeção internacional por sua luta em defesa da alfabetização em línguas africanas, da valorização das culturas do continente e, sobretudo, da preservação das tradições orais. Publicou estudos históricos, como L’Empire peul du Macina [O império fula de Macina] (1955), narrativas iniciáticas, como Koumen (1961), reflexões sobre a religião, como Vie et enseignement de Tierno Bokar, le sage de Bandiagara [Vida e ensinamentos de Tierno Bokar, o sábio de Bandiagara] (1980), contos, como Petit Bodiel et autres contes de la savane [Petit Bodiel e outros contos da savana] (1994), além do premiado romance L’étrange destin de Wangrin [O estranho destino de Wangrin] (1973), e de dois livros de memórias, dos quais o primeiro foi traduzido no Brasil sob o título Amkoullel o menino fula (2003). Hampâté Bâ faleceu na Costa do Marfim, deixando como legado uma obra fundamental para a memória cultural africana e para o reconhecimento da oralidade como patrimônio universal; Klabin, Fernando (Coordenador) - Fernando Klabin nasceu em São Paulo e formou-se em Ciência Política pela Universidade de Bucareste. Tradutor, em especial de literatura romena, exerce também atividades editoriais, turísticas e culturais na África Ocidental.

Sumário

O grande conto iniciático fula Njeddo Dewal, mãe da calamidade faz parte do ciclo de Kaïdara e de L’Éclat de la grande étoile [O brilho da grande estrela], do qual constitui o primeiro elemento. Esses três contos, cujos temas se complementam, têm alguns personagens em comum. Encontramos Hammadi, o herói de Kaïdara, em L’Éclat de la grande étoile, enquanto Bâgoumâwel, o grande iniciado de L’Éclat, aparece aqui na forma de uma criança milagrosa, jovem e velha ao mesmo tempo. Se Kaïdara ilustra a busca do conhecimento, com idas e vindas permeadas de provas e sinais específicos, se L’Éclat de la grande étoile retrata a busca da sabedoria com a iniciação progressiva ao poder real do neto de Hammadi por Bâgoumâwel, no conto Njeddo Dewal, mãe da calamidade, assistimos à luta entre o princípio do bem e o princípio do mal. Não há aqui, como nas outras duas narrativas, um trajeto linear entre um ponto de partida e um ponto de chegada, mas, ao contrário, uma abundância de peripécias loucas, de combates fantásticos, de viagens perigosas, de vitórias, derrotas e aventuras incessantemente renovadas até o desfecho feliz. O conto Njeddo Dewal é a própria imagem da vida: a luta entre o bem e o mal está sempre recomeçando, em nosso entorno e dentro de nós.



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