Precisa de ajuda?

+ 55 11 5420-1808
[email protected]

Livro Impresso

Vez em quando, billie holiday



Rosa Luxemburgo; sertão; Rei Revés; Simone de Beauvoir; Não tive nenhum prazer em conhecê-los; maldade; Torto arado; gênero; violência; A natureza da mordida; Jazz; Angela Davis; Prêmio São Paulo de Literatura; Diadorim; Prêmio Bravo!; Itamar Vieira Jr.; Nunca houve tanto fim como agora; O mendigo que sabia de cor os adágios de Erasmo de Rotterdam; Carla Madeira; Prêmio Machado de Assis da Biblioteca Nacional; Véspera; transexualidade; Billie Holiday; Coronel Joca Ramiro; Minha mãe se matou sem dizer adeus; identidade; homofobia; Evandro Affonso Ferreira; Tudo é rio; Diadorino; Prêmio Jabuti; Prêmio APCA de Melhor Romance; Hannah Arendt, Edith Stein e Anna Akhmátova; feminismo; Grande sertão: veredas; Salvar o fogo; ficção brasileira; Diadorina; Riobaldo; Mulheres feministas; música; Guimarães Rosa; Literatura brasileira; autor


Sinopse

Vez em quando, Billie Holiday, de Evandro Affonso Ferreira, conta a história de Diadorino, um jovem nascido em meio à brutalidade do sertão, que sonha em se tornar Diadorina, “mulher bela e bélica e feminina e feminista”. Assim, o livro parte de referências literárias e mulheres vanguardistas de todos os tempos para compor uma narrativa poética e absolutamente original, marca registrada do autor. O jovem Diadorino, personagem central de Vez em quando, Billie Holiday, está encolhido embaixo da mesa, apavorado. Nascido na brutalidade sertaneja, sofre com as surras constantes aplicadas pelo coronel que o criou, enfurecido pela delicadeza de seus traços, que lembram os da mãe, e, portanto, os de uma mulher. A narradora da história é a única pessoa que compreende o drama de Diadorino. Ela sabe de seu principal desejo: a transição para o gênero feminino. De várias formas, a voz que narra o incentiva a sair do esconderijo e seguir sua vontade. Em primeiro lugar, promete-lhe a proteção e a segurança geradas pela própria conversa que estão tendo – e que é o livro em si: “vem, entra logo aqui nas protetoras páginas deste livro abrigo [...] vem, jagunço nenhum entra aqui.” Ela também recorre a histórias feitas sob medida para tirar Diadorino da paralisia. Nesses casos, toda uma galeria de personagens do universo ficcional de Guimarães Rosa é mobilizada para forçá-lo a se mexer, indo muito além da simples coincidência de seu nome com o da personagem de Grande sertão: veredas. Por fim, a mulher narradora enaltece outras mulheres, grandes feministas e libertárias de todos os tempos: artistas, ativistas e pensadoras – como Billie Holiday, Angela Davis, entre muitas outras. Dentre elas, há um quinteto que se destaca: Simone de Beauvoir, Rosa Luxemburgo, Hannah Arendt, Edith Stein e Anna Akhmátova. Para virar um sexteto, falta Diadorina. A narradora instiga o rapaz a fazer a transição: “vem completar esse novo sexteto feminino e feminista e socialista e espiritualista [...].” E talvez o jazz seja mesmo um bom atalho para se entender o estilo único de Evandro Afonso Ferreira, sua dicção tão particular e a importância que dá à sonoridade do fraseado. Suas palavras formam um improviso altamente técnico, com temas e variações se sucedendo, e as notas, ou sílabas, se encadeando, ecoando umas nas outras. Vez em quando, Billie Holiday é, portanto, como um solo de saxofone: belo, imprevisível e cheio de invenção.

Metadado adicionado em 11/07/2025

Encontrou alguma informação errada?

ISBN relacionados

--


Metadados adicionados: 11/07/2025
Última alteração: 11/07/2025

Autores e Biografia

Ferreira, Evandro Affonso (Autor)

Para acessar as informações desta seção, Faça o login.